K Y L E R I S M

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quarta-feira, janeiro 18


Esta noite acredita em mim! Garanto-te que esta noite podes acreditar em mim. Esta noite não vou mentir. Já deixei partir a juventude, há muito. Talvez eu possa mudar.
Tu vais ver, esta noite, eu vou estar diferente. Eu consigo mudar. Sei que estás insegura...
Nem que eu tenha de crucificar, ou voltar para... onde nasci. Esta noite vais viver momentos indescritíveis.
Entra depressa; enquanto há uma porta, ou uma janela aberta! Nem que seja pela última brecha, mas entra depressa! Vamos, tentar, esquecer o passado; esquecer tudo o que aconteceu, até teres entrado.
Vou morrer. Vou mentir, vais mentir: vamos mentir, para nos podermos ver.
Esquece o que, tu própria, queres: faz-me, apenas, sentir bem! Nunca desistas!
Quando olho para o espelho vejo o meu reflexo. Quando olhas para mim vês os teus sonhos. Reza pela tua salvação! Precisas de mim, mas eu não quero saber, só quero fugir de ti. Gostava de conseguir voar, para poder voar para bem longe de ti. Precisas mesmo de mim: sem mim não és nada; és, apenas, um ser limpo e sozinho. Amas a tristeza? Fodasse! Levanta-te dessa poltrona e olha em frente!
Só te estás a magoar, e tu sabes isso. Não esperes mais. Deixa a esperança morrer.
Tu brilhas como uma estrela, no entanto não sabes brilhar: não sabes quando a noite chegou ao fim. Tens a cabeça enterrada na terra. Já não me fazes rir; és, apenas, um diamante esmagado por uma estrela. Estás completamente destruída: és triste. Vou queimar-te; até ficares completamente incinerada.
O mundo é um vampiro; que nos abraça, e nos tira o medo do papão.
Sinto um desejo incontrolável, que não me deixa ir para o Céu. Diz-me qual é o teu trabalho, neste mundo, e ajuda-me a despir. Quero estar nu, e tu podes ajudar-me. Sinto-me como um rato de esgoto, sem salvação. Desejo o que tu desejas; quero mudar; quero possuir-te; mas vou trair-te: vou morder-te a mão. Quando sentires a minha pele: suponho que vou chegar ao Céu; e então vou dizer-te como estou bem.
Quero dizer-te tudo; até, que estamos perdidos para sempre.
Diz-me que sou único. Diz-me que os outros não existem. Diz-me que eu sou o escolhido, o único. Sou um rato, e nós não temos salvação.
Há 10 minutos, esqueci-me onde isto tinha começado. Só me lembrava que estava a chover. Por vezes não sinto nada. Penso que não me esqueci de nada

2 comentários:

Isabela Figueiredo disse...

Sabes, este é o tipo de tesão que não se satisfaz meramente com uma experiência física. Não é só o corpo que está aqui. Está aqui uma perda que se recusa, que dói visceralmente e que se pretende remediar da mesma forma. Não é possível. É necessário percorrer outro caminho.
Eu disse que a tesão tinha muito poder, mas nem sempre é o melhor dos poderes. Embora possa ser, em alguns contextos.

Isabela Figueiredo disse...

Concordo, concordo totalmente com esta oportuna e presente comentadora do teu blogue. Tens sorte em ter leitores assim. E que voltam à cena do crime. És um sortudo. És mesmo. Nem dás por nada, grande parvo!

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