K Y L E R I S M

K  Y  L  E  R  I  S  M
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quarta-feira, fevereiro 21

É isto

W dizia-lhe: " Bebe uma bebida amarga! Vais ver que vais ficar melhor. Se eu tivesse na tua situação, beberia uma bebida amarga. Se beberes fico contigo."
W é uma mulher extraordinária. E se calhar ninguém sabe.
K em mutismo, não lhe respondia, matinha o olhar no infinito.
O mundo continuava a acontecer. Eu ali ao lado, continuava a negociar. Estava feliz porque estava a negociar, e o mundo continuava, sem parar, a acontecer.
Apetecia-me intervir. Apetecia-me um final feliz: que K bebesse, que W conseguisse.
Therese aparecia de vez em quando e pedia-me: " Diz-me que tenho uma costela partida!" Mais uma vez queria um final feliz, mas não podia. "Se quiseres parto-te uma costela.", disse-lhe, mas ela já não ouviu.
K começou a chorar, primeiro em silêncio, deitou as mãos à cabeça e depois tapou a cara. Eu estava a negociar. Deixei de ouvir, olhei para K, apeteceu-me chorar, abraçar K e acabar com aquilo; continuei a negociar. Parou de chorar.
W não iria conseguir. " K, bebe uma bebida amarga, vai fazer-te bem!", disse eu. Olhou para mim e voltou a olhar para o infinito.
W não conseguiu.

Mudar de ideias é sinal de inteligência

Ontem K estáva em angústia profunda. Não conseguia decidir entre uma bebida amarga e nada.

terça-feira, fevereiro 13


Abriu a primeira porta que viu à mão e entrou.
Os seus olhos fotografaram instantaneamente o quarto.
Viu-a pelo espelho, imóvel, no limiar da porta.
Ela adiantou-se; ele tirou a pistola da algibeira.
Estremeceu a noite fria envolta em nevoeiro.
Havia vagões e pilhas de carvão por todos os lados.
Dentro da casa não havia sinal de vida.
Enfiado pela chaminé estava um corpo de mulher.
Quem matou a chabala (chabala)?
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