K Y L E R I S M

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quarta-feira, janeiro 4

Acordei de manhã com vontade de fumar. Viram-me no quarto e mandaram-me trabalhar. Rapei o cabelo de lado, calcei as botas da tropa e fanei uma moto. Fui para a Feira da Ladra.
Dói-me o corpo, que crueldade. Dói-me a cabeça, que insanidade. Dói-me o peito, é o coração. Dói-me os pés, de saturação. Dói-me tudo o que tenho... Ouço sorrisos que não entendo, pois agora sou um… Sou um… e espero morrer, em qualquer sítio vou padecer, em qualquer local me deitarei, tomarei minha dose e partirei. Adeus Mundo, adeus Terra, adeus Ódio, adeus Guerra. E agora só paz, que me rodei, não há dor,... pois estou morto na areia.
Filhos da noite, filhos da droga. Grande moca, grande flash...
Bocas amarelas, que escorrem como borrões de tinta.
Já pensaste em todas as pessoas que gostas incondicionalmente? Quem são? São muitas? Quantas? Nem quero pensar. Porquê? A mim basta-me um porque sim. Gosto de pessoas que já morreram; gosto de pessoas que não vejo há uma década; gosto de pessoas que não via há uma década e quando as encontrei, fingi não as conhecer, para as poder continuar a amar. As pessoas que nós conhecemos há uma década já não existem.

2 comentários:

dmns disse...

Poderoso.
...pois estou morto na areia.

particula disse...

as pessoas que conhecemos à uma década continuam a existir... se as continuarmos a alimentar moribundas dentro de nós!

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