K Y L E R I S M

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sábado, setembro 28

Vitaminas

Reconheço um desadaptado social a milhas. E o meu cérebro não pensa em milhas.
Está ali um; atrás do balcão. Jovem. Belo. Aquela beleza dada pela juventude, não outra. O acne quase o consegue esconder, mas o olhar denuncia-o.
A rapariga não. Bela. Quase que dá vontade de chorar. Podia se uma estátua. Pele alva como alabastro. Ah ah. O seu olhar faz dela um ser humano.
Nele impulso sexual e medo. Para os mais distraídos parece gregário, mas não 

quarta-feira, janeiro 9

quinta-feira, dezembro 20

quarta-feira, dezembro 19

Kim

Falta-me um órgão dentro peito. Acho que é um membro. Se tivéssemos braços dentro do peito, seria um braço. Sinto como se tivesse sido arrancado recentemente. Não sangra, porque sou de plástico. Agora é apenas um buraco. Não se vê porque está tapado com carne e ossos, mas está lá. Sinto a sua ausência.
Se o mundo não acabar na sexta-feira, vai passar. Vai passar como passa um dente arrancado: vou ter mais dificuldade em mastigar... Talvez ponha lá um farrapo enrolado, ainda não sei. Vamos ver...
Estamos em Dezembro outra vez. Eu estou em Dezembro outra vez, é assim todos os anos

quinta-feira, outubro 11

Dica para quem quer tornar-se invisível

Relatório preliminar dos últimos 30 anos de observação: se nos deslocarmos de forma atípica (com as mãos no chão, de lado, etc) tornamos-nos invisíveis, como os sem abrigo. Somos rejeitados ao ponto de não nos quererem ver e não veem. É uma espécie de superpoder...

quinta-feira, outubro 4

imobilidade/sofá/

não são batidas fortes que me emocionam. batidas fortes e ritmadas com letras tipo: i have nothing for you but love, ou: baby look that body... isso são drogas, sintéticas e naturais. todas. ai até as minhas musicas melancólicas fazem o meu corpo querer dançar; descobre, lá, uma batida, amplia-a e desvanece a solidão, o abandono, a resignação e toda a beleza do universo. se o meu médico soubesse levantava a proibição. podia voltar aos nostálgicos solos de guitarra do rock. será

sexta-feira, maio 25

SiliCona


Vou abandona-la. Como o meu corpo, conheço-a; cada centímetro, cada cicatriz, cada interropetror, cada mancha na tinta das paredes...
Vou mudar-me para uma nova estrutura. Buracos de elevador que não conheço, vigas que não sei de que cor são, espaços onde nuca estive, sombra e silêncios de ossos que ainda não toquei, sinais que não entendo ou que não consigo ver.
Como é contigo? Já é um prolongamento de ti e do teu corpo? Gostava que ficassem ligadas.
No entanto é sedutor caminhar no sentido desta nova superestrutura de forma exóticas, sem olhos, mas que quase me vigia. Mais uma vez estou a apagar o passado sem histórias, é como rapar a cabeça...
Sonho com ergonomia, conforto, prazer, mas afinal é é ditadura  do esconde o obsceno. Não há pêlos onde era suposto existirem, não há gorduras localizadas; apenas pele bronzeada e cicatrizes são permitidas. Temperatura entre os 21 e os 24º o ano todo. SiliCona em vez de carne e câmeras pneumáticas substituem músculos. Movimentos novos. Falso drama.

domingo, abril 22

Tudo bem?

E se um dia quando alguém me perguntar se está tudo bem, eu começar a dizer tudo o que não está bem?

terça-feira, março 13

Noite

Se o meu pai fosse milionário seria, se não tivesse manter o meu trabalho e pagar as minhas contas, louco.
Às vezes só existi à noite

sábado, março 10

Os

Os indignados. Os resignados. Os cegos. Os todos iguais. A guerra fria. A China e a Ellem Mirren. Aqueles que não sabem matar e morrem sempre

quinta-feira, fevereiro 16

quinta-feira, setembro 30

segunda-feira, junho 14

Benzodiazepinas

Não é a primeira vez que faço esta pergunta. E já sei a resposta. Mas, mais uma vez: seriamos os mesmos sem as benzodiazepinas?

segunda-feira, dezembro 15

I fell in love with a dead boy

I find you with red tears in your eyes
I ask you what is your name
You offer no reply
Should I call a doctor
Before I fear you might be dead
But I just lay down beside you
And held your hand
I fell in love with you
Now you're my one, only one
'Cause all my life I've been so blue
But in that moment you fulfilled me
Now I'll tell all my friends
I fell in love with a dead boy Now
I'll tell my family
I wish you could have met him
Now I write letters to Australia
Now I throw bottles out to sea
I whisper the secret in the ground
No one's gonna take you away from me
I fell in love with a dead boy
Oh, such a beautiful boy
I fell in love with a dead boy
Oh, such a beautiful boy
Oh, such a beautiful boy
I'm asking
Are you a boy or a girl
Are you a boy or are you a girl
Are you a boy or are you a girl
Are you a boy
Are you a girl
Are you a boy
Are you a girl
Are you a boy
Are you a girl

segunda-feira, setembro 22

“A família não é o centro nem a periferia, é o fundamento da sociedade. É nela que está a matriz dos valores essenciais da humanidade. Ela é um núcleo de valores, mas também de afectos, e o elemento indispensável ao equilíbrio e desenvolvimento integral de cada pessoa. É a primeira célula da democracia. É a grande escola de solidariedade: onde se aprende a dar sem receber nada em troca. Infelizmente, assiste-se hoje à degradação do núcleo familiar fundamental.”


1996

quinta-feira, setembro 18


A vida roubou-me a oportunidade de viver e ter recordações de momentos de paixão assolapada nas areias escaldantes das praias da Caparica nos Invernos da minha infância e adolescência. A nostalgia que sinto não é fruto de quaisquer experiência vividas, antes pelo contrário, é produto de tudo o que me foi negado. De forma irremediável nunca vou poder passar por isso e sentir a sua intensidade. No entanto, hoje com 32 anos de idade, vivo e sinto a intensidade que os outros homens e mulheres da mesma idade que eu, já não sentem e já não têm sequer a esperança de sentir.

quarta-feira, agosto 13

Certa noite



Hoje você me deixou
Quer dizer
Hoje você me deixou de novo
Depois a gente volta
Sempre voltou
Você voltou
Voltou sempre que me deixou
Mas há sempre algo que se lasca
Que se acaba
Uma magia que se estraga
Uma vela que se apaga
Aos poucos
Um abalo que um dia, talvez, não dê mais jeito
Uma ofensa que, talvez, desta vez, não dê conserto
E então chega um dia em que eu não te reconheço
Um dia que não vem depois do outro
Uma certa noite
Fora do tempo
E então um dia eu não me reconheço
E quero o que eu nem sabia
Que era isso que eu queria
Uma noite tão quente como essa
Pode ser um novo começo
Poder, querer, ser
Sem ter você
Se você não me quer mais
Eu quero me perder
Se você não me quer mais
Eu quero te perder
Se você não me quer mais
Eu quero
Que o fogo que vem de baixo
Seja fogo negro, intenso
Um fogo sem descaso
Pra me queimar em silêncio
E então finalmente eu me esqueço
E me entrego
Você é quem me dá tudo quente e espesso
Que me dá tudo que eu mereço
E não me nego
Então eu danço
Danço
Uma noite tão quente como essa
Pode ser um novo começo
Querer, poder, ter
Sem ser você
Se você não me quer mais
Eu quero me perder
Se você não me quer mais
Eu quero te perder
Se você não me quer mais
Eu quero.
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