K Y L E R I S M

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sexta-feira, maio 25

SiliCona


Vou abandona-la. Como o meu corpo, conheço-a; cada centímetro, cada cicatriz, cada interropetror, cada mancha na tinta das paredes...
Vou mudar-me para uma nova estrutura. Buracos de elevador que não conheço, vigas que não sei de que cor são, espaços onde nuca estive, sombra e silêncios de ossos que ainda não toquei, sinais que não entendo ou que não consigo ver.
Como é contigo? Já é um prolongamento de ti e do teu corpo? Gostava que ficassem ligadas.
No entanto é sedutor caminhar no sentido desta nova superestrutura de forma exóticas, sem olhos, mas que quase me vigia. Mais uma vez estou a apagar o passado sem histórias, é como rapar a cabeça...
Sonho com ergonomia, conforto, prazer, mas afinal é é ditadura  do esconde o obsceno. Não há pêlos onde era suposto existirem, não há gorduras localizadas; apenas pele bronzeada e cicatrizes são permitidas. Temperatura entre os 21 e os 24º o ano todo. SiliCona em vez de carne e câmeras pneumáticas substituem músculos. Movimentos novos. Falso drama.

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