K Y L E R I S M

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terça-feira, janeiro 10

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O natal é, apenas, um dia. Ou melhor: meio dia. Um ano tem 365 dias; 5 horas; e 46 segundos. Não desesperemos: ontem foi o muro de Berlim; hoje a União Soviética; amanhã, quem sabe, o Vaticano.
O perdão pede-se às pessoas, que compreendem tudo: aos amigos. Sejam grandes ou pequenos: adultos ou crianças. Os nossos amigos podem viver em França; ter fome e frio; ou ser ricos. Três desculpas não bastam.
Quando eu tinha 6 anos: andava na escola. Aprendi que o feio nos pode paralisar e arrefecer. Pensei. E, hoje, continuo a pensar.
Quando tinha 6 anos: vi uma virgem. Dizem, que as virgens engolem a presa sem a mastigar. Depois ficam sem se poder mexer, e dormem durante 9 meses de digestão. Hoje: penso muito na virgem, que vi quando tinha 6 anos. Mais tarde: uma pessoa grande explicou-me que aquilo não era nenhuma virgem.
Comecei a observar as pessoas de muito perto. Nós temos cornos. As pessoas riem-se. Eu existo, porque: sim. Martelada. A culpa é dos professores. Um dia ao por do sol: todo despenteado, vesti uma camisa, toda amarrotada. Estava belo. Esta casa não tem condições: está muito frio.
Não confies nas mulheres! Elas são muito incoerentes. Deves, apenas, observa-las e cheira-las. A última vez que olhei para a “virgem”: tive vontade de chorar. Disse adeus: parti. As pessoas são muito pequenas. Só existem 3 ou 4 homens.
Concreto. Galinha dos ovos de ouro. Não estou deprimido. Não posso: eu sou dentista. Um dentista tem de saber trabalhar, sem material: tem de ser criativo. Aprendi, tudo, isto na marinha.
Era um porco, cor-de-rosa. Nunca fazia barulho: descalçava-se, sempre, antes de entrar. Lá para o fim: tornou-se, ainda, mais porco; e mais cor-de-rosa. A luz vem lá de cima, e ilumina o que está cá em baixo. A minha mulher telefonou-me, a dizer, que está tudo acabado entre nós. A culpa é do Lopes. Ou melhor: da mãe dele; que lhe deu educação; e usa prótese dentária.
Estava a chover, estava frio, estava escuro. Através de todo aquele cabelo só lhe conseguia ver o brilho, do olho esquerdo. Eu babava-me. Não trazia a escova de dentes comigo. Mas mergulhei na lama. A lama olhava para mim. Libertava adrenalina: estava pronta a fugir, ao mínimo alerta. Eu; virei-lhe as costas e fui-me embora. Mais tarde: ela telefonou-me, a agradecer, e a dizer que estava tudo bem. Pus-me logo a trabalhar. Pedi um café e uma tosta mista: paguei 350 paus. Que belo café! Ofereci-lhe um salmão: ainda estava vivo.
É simplexo.

3 comentários:

Isabela Figueiredo disse...

Eu sempre desconfiei que tu eras da medicina. Dentária.
Isto está muito giro, mas desconfio que andas a tomar muitos analgésicos!

kyler disse...

pois... não sou,nem médico, nem médico dentista. muitos analgésicos tambem não. ando a tomar antinflamatórios, tou com uma faringite; mas a droga não bate assim

Isabela Figueiredo disse...

Olha que a nimesulida tem muitas contra-indicações, homem! Beijinhos. Põe-te bom.

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